Farinha pouca, meu pirão primeiro

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Os municípios, em ano de eleição municipal, não podem receber recursos para novas obras a partir do dia seis de junho, correto? É... Mas como toda regra tem exceção, isso só vale para os governadores que, em condições normais, têm que fazer coração com as tripas para repassar recursos aos seus xerimbabos antes da fatal data ao norte.

> A União pode decretar a obrigatoriedade dos repasses

Para a União, o ex-presidente Lula, em 2008, cuidou de uma exceção ao assinar uma medida provisória, que depois em lei se fez, autorizando o Planalto a dar uma força, mesmo depois do prazo legal, aos companheiros que estão na liça eleitoral municipal, onde a disputa é na peixeira.

> Dilma decretou repasses que somam mais de R$ 150 milhões

A presidente Dilma não se rogou e usa a liberalidade da lei dando dez na ferradura e uma no cravo para ninguém acusar o Gabinete de favorecimento ilícito: já publicou seis decretos que obrigam, com base na lei de 2008, repasses a 855 projetos que são "essências" e não podem esperar a transcorrência do período vedado.

Entre os 855, um dos maiores é para a ampliação do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, onde o PT trocou de mal com o PSB e quer eleger o ex-ministro Patrus Ananias (PT) contra Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição.

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Outra traulitada na ferradura foi em São Bernardo do Campo, para onde o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), enviou R$ 51,6 milhões para as "necessidades" do prefeito Luiz Marinho (PT), candidato à reeleição.

Como eu sempre digo: ser amigo do rei e também disfrutar da majestade.

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